Planejamento de Aposentadoria: qual a idade certa para começar?

O Planejamento Previdenciário  é um dos documentos mais importantes para o trabalhador que deseja se aposentar recebendo o melhor valor de benefício e dentro do menor tempo possível. Mas aí vem a dúvida: será que existe uma idade para começar a planejar?         

Eu vou te dizer que existe idade certa, sim, para começar a planejar a sua aposentadoria! E muita gente não quer que você saiba disso, principalmente o INSS.

Por isso, preparei um artigo completo com as principais informações que você precisa ter para descobrir qual a idade certa para começar a planejar a sua aposentadoria.

Sumário

1. Existe uma idade para começar a planejar a aposentadoria?

Já vamos começar desvendando essa pergunta: será que existe uma idade certa para começar a planejar a aposentadoria?         

A idade ideal para começar a planejar o seu futuro é a que você tem hoje, simples assim.      

Em qualquer mundo de investimentos, você irá escutar a mesma coisa: quanto antes começar a investir, mais retorno terá no futuro.        

Com a sua aposentadoria, a lógica é igual: quanto antes entender como funciona a aposentadoria do INSS, quanto deseja receber no futuro e o que deve fazer para atingir esse objetivo, melhor será o seu resultado.         

A grande diferença entre um investimento e o planejamento previdenciário é que o último é obrigatório e você não corre o risco de perder.         

Ou seja, mantendo a qualidade de segurado, você continuará fazendo parte da previdência social e terá direito a outros benefícios previdenciários, como o auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, por exemplo.

2. Quem deve fazer o planejamento previdenciário?

Só existe um tipo de segurado do INSS que não tem motivos para fazer o planejamento previdenciário: aquele que só deseja contribuir com o salário mínimo e, consequentemente, se aposentar recebendo o mínimo.

Agora, se você desejar receber mais que o salário mínimo de aposentadoria, então você precisa planejar o seu futuro, independentemente do tipo de contribuição que você faça.

O planejamento previdenciário permite que você programe o seu futuro, saiba quanto precisa contribuir e por quanto tempo precisa pagar para atingir a sua aposentadoria dos sonhos.

Ademais, fazendo as contribuições corretamente, você fica segurado pelo INSS e pode receber os benefícios não programados também.

3. Para que serve o planejamento previdenciário?

Agora que você já sabe quando e quem deve fazer o Planejamento Previdenciário, vamos descobrir para que ele serve.

Muitos trabalhadores ainda acreditam no simulador de aposentadoria do INSS e acham que a primeira regra de aposentadoria será a que ele deve escolher, o que está errado.

O Brasil tem diversas regras de aposentadoria que exigem requisitos e cálculos diferentes e, apenas com o planejamento previdenciário, você terá a análise e a comparação de todas elas no seu caso individualizado.

Então o planejamento previdenciário serve para orientar o seu futuro, descobrir qual a sua melhor opção de aposentadoria, bem como entender as informações que o INSS tem da sua vida de trabalho.

Sabendo de tudo isso, se tiver algo errado, você terá tempo para corrigir qualquer inconsistência que apareça.

Lembre-se que a grande finalidade do planejamento previdenciário é analisar toda a sua vida de trabalho e contribuição e projetar quais são os próximos passos que você deve seguir para atingir a regra de aposentadoria mais vantajosa.

4. O que deve ser analisado no planejamento previdenciário?

O planejamento previdenciário serve para te resguardar no futuro, então a especialista em direito previdenciário precisa verificar as seguintes situações no planejamento previdenciário:

  • as inconsistências que o INSS tem sobre as suas contribuição (análise feita através do seu CNIS)
  • as possibilidades de aposentadoria, considerando tanto as regras anteriores à reforma da previdência e as novas
  • os documentos você ainda precisa conseguir para comprovar um direito (como um período rural ou de atividade especial)
  • quanto você ainda precisa contribuir com o INSS para garantir a melhor opção de aposentadoria
  • quanto você poderá receber no futuro
  • quanto esse investimento feito durante toda a sua vida irá retornar para você, entre outras situações, etc.
5. Passo a passo do planejamento previdenciário

Para você conseguir entender melhor como funciona o planejamento previdenciário, eu separei os 10 principais passos desse estudo.         

Então vamos lá:

1º passo – análise dos documentos previdenciário

Para fazer o seu planejamento previdenciário, a sua advogado precisa ter acesso, pelo menos, aos seus documentos previdenciários básicos, como por exemplo:

  • CNIS, que pode ser retirado no site ou app do Meu INSS
  • todas as suas carteiras de trabalho, inclusive aquelas bem antigas, guardadas no seu armário
  • os comprovantes de pagamento das guias de recolhimento de INSS
  • contratos de trabalho e holerites, quando necessário
  • extrato de FGTS, quando necessário
  • ficha funcional e ficha financeira, ao ter serviço público envolvido
  • certidão de tempo militar, no caso do contribuinte que prestou o serviço militar obrigatório ou voluntário
  • imposto de renda, declaração de imposto de renda, CNPJ, contrato social, no caso de empresário, MEI ou autônomo
  • documentos que comprovam o tempo rural, entre outros.         

Dependendo do caso concreto, o seu advogado pode solicitar outros documentos para complementar a análise como, por exemplo:

  • Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP (para quem pode ter direito a aposentadoria especial) e Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho – LTCAT, no caso de atividade especial
  • ou documentos médicos que comprovem uma doença grave ou a condição de pessoa com deficiência.

Posso dizer que, nos casos que exigem uma documentação específica (como aposentadoria especial, professores ou PCD), um dos erros mais comuns é justamente esperar até cumprir os requisitos de aposentadoria para procurar a documentação necessária.         

Isso acaba atrasando, e muito, a concessão da sua aposentadoria.

Então procure fazer a análise de documentação ANTES de cumprir os requisitos exigidos pela lei, isso vai facilitar o seu futuro.        

2 º Passo – analisar as contribuições previdenciárias feitas no Brasil e no exterior

          Se você mora no exterior ou pretende morar, fazer o planejamento previdenciário é quase uma obrigação para garantir os seus direitos.

          Isso porque, o Brasil assinou diversos Acordos Internacionais que têm o objetivo principal de garantir os direitos de seguridade social previstos nas legislações dos dois países aos respectivos trabalhadores e dependentes legais, residentes ou em trânsito no país.

Assim, o brasileiro que reside ou deseja residir no exterior, pode planejar a sua aposentadoria para 4 situações diferentes:

  • se aposentar pelas regras do INSS no Brasil
  • se aposentar pelas regras do país que reside no Exterior
  • se aposentar de forma proporcional nos dois países (no Brasil e no país de residência), utilizando os Acordos Internacionais de Previdência, ou seja, pode receber duas aposentadorias
  • averbar o tempo de contribuição previdenciária de um país em outro e, com isso, preencher os requisitos de aposentadoria

          Alguns países que assinaram acordos internacionais com o Brasil:

  • Argentina
  • Bolívia
  • Chile
  • El Salvador
  • Equador
  • Espanha
  • Paraguai
  • Peru
  • Portugal
  • Uruguai
  • Alemanha
  • Bélgica
  • Cabo Verde
  • Canadá
  • Chile
  • Coréia do Sul
  • Espanha
  • Estados Unidos
  • França
  • Grécia
  • Itália
  • Japão
  • Luxemburgo
  • Portugal
  • Província de Quebec (Canadá)
  • Suíça

Para saber qual é a melhor opção para o seu caso, procure uma equipe especialista para planejar o seu futuro.

3º passo – verificar a existência de uma atividade especial         

Se você trabalhou exposto a algum agente nocivo à saúde, pode ter direito à aposentadoria especial e se aposentar antes.         

Agora, se você trabalhou em uma atividade especial, mas não chegou a completar o tempo mínimo, esse período também pode adiantar a sua aposentadoria, ao ser convertido em tempo comum.         

Essa segunda opção só é possível na atividade especial exercida até 13 de novembro de 2019, isso porque, a reforma da previdência retirou essa possibilidade.         

Além disso, a atividade especial deve ser comprovado por meio de documentos específicos (como PPP e LTCAT).

4º passo – verificar a existência de contribuições feitas ao regime próprio          

Outra análise que precisa ser feita pelo advogado previdenciário no momento de fazer o planejamento de aposentadoria é a existência, ou não, de tempo de contribuição em regime próprio.         

O servidor público que contribuiu para um regime próprio mas não vai se aposentar nele, pode averbar esse tempo de contribuição no INSS e garantir que ele seja contado para a sua aposentadoria.       

Ou, ainda, o servidor público, dependendo do caso, pode cumprir os requisitos de aposentadoria tanto no INSS como no regime própria e, com isso, ter direito a duas aposentadorias.     

Essa situação é bem comum em casos de médicos, dentistas e professores.

5º passo – verificar a existência de uma possível regra diferenciada           

Outra situação que precisa ser analisada, é a possibilidade de uma aposentadoria com regras diferenciadas, como é o caso da:

  • aposentadoria PCD
  • aposentadoria para professores
  • aposentadoria rural
  • aposentadoria híbrida         

São regras que exigem requisitos e documentação diferenciada, então a análise e projeção precisa ser feita de forma mais criteriosa.

6 º passo – verificar pendências ou irregularidades nos documentos previdenciário         

Verificar as possíveis pendências do CNIS é, sem dúvidas, uma das partes essenciais do planejamento previdenciário.       

Tanto que, para quem não deseja fazer o planejamento em si, existe o serviço de acerto de CNIS, específico para regularizar essas pendências.      

O CNIS reúne todas as informações que o INSS tem sobre a sua vida contributiva e, caso exista alguma inconsistência, falta de informação ou um indicador, é preciso analisar e verificar como regularizar.        

Se esse indicador não for regularizado, por exemplo, o INSS pode simplesmente desconsiderar esse tempo de contribuição.     

7º Passo – ver se é possível adiantar a sua aposentadoria      

Existem diversas formas de conseguir adiantar a aposentadoria e que muita gente desconhece, como, por exemplo: tempo rural, tempo de serviço militar, tempo de estudo em escola técnica, entre outros.         

Essas informações precisam ser apresentadas ao INSS, então é preciso ter a documentação em mãos.

 8º passo – simular as possíveis regras de aposentadoria e os seus valores       

Essa é a etapa mais aguardada pelo cliente que realizou o planejamento previdenciário: ter em mãos a análise que mostra quando poderá se aposentar e quanto receberá em cada regra de aposentadoria.       

Essa parte fornece uma análise de quanto tempo o trabalhador ainda precisará contribuir para ter direito a cada uma das regras e qual será o valor final de cada uma delas.         

9 º passo – identificar o melhor momento possível para a aposentadoria

Saber qual será o melhor valor que você pode receber quando se aposentar é um dos principais benefícios do planejamento previdenciário.

Após ter em mãos as projeções de regras e valores, o segurado poderá fazer a comparação entre as regras de aposentadoria e, assim, poder decidir quanto e com qual norma você irá se aposentar.

10º Passo – planejar as futuras contribuição

A partir da análise do seu CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e as projeções feitas no do planejamento previdenciário, é possível entender se você pode contribuir com um valor menor e ainda assim receber o valor que espera lá na frente.

Ou, ainda, se precisa aumentar o valor da sua contribuição para atingir o seu objetivo.

Essa é a balança que faz com que você pague o que precisa pagar ao INSS e não perca seu dinheiro.

6. O que vem no planejamento previdenciário?

Depois de passar por todas essas etapas, a sua advogada especialista de confiança irá entregar o seu planejamento previdenciário com as seguintes informações:

  • cálculos de tempo de contribuição
  • comparativos entre as regras de aposentadoria
  • valores de aposentadoria com a média atual de contribuição
  • projeções de futuro
  • valores de investimento e tempo de recuperação do investimento (ROI)         

O ROI — retorno sobre o investimento, é um dos grandes diferenciais do planejamento previdenciário, com ele você terá o valor médio que você receberá de volta do INSS durante os próximos anos.        

Para o ROI, o advogado leva em consideração o valor da sua aposentadoria e a expectativa de vida do brasileiro.

Lembrando que todos os cálculos feitos no planejamento, são baseados nos documentos que você entregou ao especialista: seu histórico de trabalho, de contribuições e documentos previdenciários e trabalhistas.

Por isso, apresentar a documentação correta e completa faz toda a diferença no seu planejamento previdenciário.

7. O planejamento previdenciário fala quanto vou receber de aposentadoria?

O planejamento previdenciário irá fornecer uma projeção de quanto você irá receber, com base na:

  • na regra de aposentadoria escolhida
  • nos valores de contribuições realizadas durante a vida
  • na quantidade de contribuições realizadas      

Essas três informações são essenciais para o advogado poder fornecer a expectativa de quanto o trabalhador irá receber do INSS.

 Principalmente porque tivemos diversas mudanças nos cálculos de aposentadoria com a reforma da previdência.         

Agora, é preciso ter em mente que esses valores podem sofrer alterações com o tempo, principalmente por conta da inflação e do reajuste anual do salário mínimo.       

Mas, em regra, o planejamento previdenciário fornece sim uma média de quanto será o valor da sua aposentadoria, desde que você siga o planejamento feito pela especialista.

8. O planejamento previdenciário pode ser feito online?

Pode sim, o planejamento previdenciário pode ser feito de forma 100% online, sem a necessidade de ir até o escritório previdenciário.

Na verdade, praticamente tudo relacionado ao INSS pode ser resolvido de forma online, desde o pedido de aposentadoria administrativo até a ação judicial, se for o caso.

Inclusive, aqui na Gomes do Carmo Advocacia, praticamente tudo é feito 100% online, já que parte da equipe está na Europa e parte da equipe no Brasil.

9. Quer saber como fazer o seu planejamento previdenciário sem sair de casa?

Se você quer saber como fazer o seu planejamento sem sair de caso, entre em contato com a nossa equipe para ter mais informações.

A Gomes do Carmo Advocacia conta com uma equipe especializada em direito internacional, imigratório e previdenciário, entre em contato para agendar uma consulta.

A nossa missão é proporcionar um atendimento rápido, sólido e eficiente, que poderá ser oferecido sem que você abra mão da comodidade, economia e segurança de seu lar.

Somos um escritório de advocacia com profissionais presentes no Brasil e na Europa prontos para traçar as melhores estratégias para garantir seus direitos.

Sobre o autor